Nas duas vezes que fui à Paris, ambas fui a Montmartre – e irei em todas as vezes que eu for, espero.

Na primeira vez, começo de dezembro, fomos à noite com Calude, um senhor que conheci através do Couchsurfing. Estava chovendo e, depois de comermos um kebab e caminharmos por St.Michel (um bairro atravessando o Sena, de Notre-Dame, e um lugar cheio de opções pra comer, barato ou caro), pegamos o metrô e fomos pra Montmartre.

Desde que botei o pé pra fora do metrô pra encontrar Calude, não tirava da cabeça que eu estava andando por Paris na chuva. Um dos maiores clichês, mas ainda assim, totalmente compreensível porque afinal Paris, sim, é maravilhosa até mesmo na chuva – se não ainda mais charmosa, principalmente à noite.

Há quem se lamente por estar em Paris em pleno inverno e com chuva, naquela vibe “estraga prazer”, mas definitivamente eu não o considerava de tal maneira. Eu estava até mega feliz por viver Paris assim – me falta agora viver Paris no verão.

A Basílica de Sacré-Cœur, 1875, foi construída após a guerra Franco-Prussiana, a causa de uma promessa de que seria construída se a França sobrevivesse às investidas do exército alemão para expiar os pecados do povo de Paris. A igreja demorou a ser consagrada, sendo feita após a Primeira Guerra Mundial apenas. Ela é imensa, além de belíssima.


Praticamente grudada à Sacré-Cœur, tem a igreja mais antiga de Paris, chamada Saint Pierre de Montmartre, de 1134! Ela não fica numa posição muito boa pra tirar foto, então nem fotografei.


Montmartre fica numa colina, e a Basílica se localiza onde dizem ser o ponto mais alto da cidade. Foi um povoado independente até 1860, quando foi integrado como o 18º distrito de Paris, que inclusive foi onde ficamos hospedadas, tanto em dezembro quanto em janeiro, na casa do Pedro. É um bairro famosíssimo e super boêmio, conhecido como “a terra dos artistas”, desde sua inclusão à Paris até o auge da década de 20, como ponto de encontro de artistas e intelectuais, mesmo que na época fosse um bairro cheio de cabarés e bordéis (quem nunca ouviu falar em Moulin Rouge que atire a primeira pedra).
Se encontravam sempre ali Renoir, Picasso, Toulouse-Lautrec, Van Gogh, Degas, Monet, Cézanne, pra citar os mais famosos. Inclusive, tem um café bem famoso pelo encontro dos artistas ali e por ser em uma rua que foi pintada por diversos artistas (daquela época e agora): dela, da pra ver a Basílica.




No site de La Bonne Franquette, tem a história completa do local, até mesmo antes de ser um café, é incrível! Vale a pena ler (tem a opção de tradução automática quando você abre já que, obviamente, está em francês).

Hoje, na pracinha chamada Place du Tertre que se chega pegando a rua e seguindo atrás da Basílica, se encontram vários artistas de rua que ficam ali vendendo suas pinturas e pintando ao vivo.



Descemos Montmartre para conhecermos o Cafe du Deux Molinssssss! Pra quem ainda não assistiu Le Fabuleux Destin d’Amélie Poulain, vá agora! É lindíssimo e fala sobre tantas pequenas coisas da vida que impossível não ser apaixonante. Ela mora ali, trabalha nesse café e praticamente todo o filme é ambientado em Montmartre.


Eu queria muito ter entrado e ter tomado um café, mas era muuuuito caro. Nem me lembro o quanto agora, mas se fosse pouca coisa, eu iria sem problemas. Se eu não entrei, é porque era caro mesmo (um café normal custa 1 euro, um capuccino 1,50, esse é o preço normal em todos os lugares aqui na Italia, por exemplo, passando disso ja é um lugar mais careiro. Em Paris, não é tao alem desse preço não, mas ali… Acho que um Capuccino deveria custar no mínimo uns 5 euros).

Descemos mais um pouco e chegamos finalmente na rua do metrô e na rua do Moulin Rouge. Nunca tive grande interesse, mas ja que estávamos ali perto, não da pra desperdiçar o marcar o checked na lista de Paris.

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